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Extensão e Ampliação Cultural

Armadilhas e Recursos no acompanhamento da criança e do adolescente e seus ecos na vida adulta

Armadilhas e Recursos no acompanhamento da criança e do adolescente e seus ecos na vida adulta

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Quando uma criança vem ao mundo, não apenas ela adentra a vida, mas também está destinada a fazer parte da sociedade. No entanto, toda a dificuldade educacional vem do fato de que esses dois destinos, o destino próprio da criança e aquele orientado pela sociedade, não são sobreponíveis e não se ajustam de maneira óbvia.

Ao entrar na vida, a criança precisa aprender tudo o que lhe permitirá cuidar de si mesma: comer, se vestir, ler, escrever, compreender regras de boa conduta, etc.. Mais tarde, ela se fará perguntas identitárias e descobrirá a vida relacional, desenvolvendo assim uma personalidade moldada por suas experiências.

Fazer parte da sociedade, por outro lado, é uma questão completamente diferente. Enquanto a vida nos transporta através de gerações, somos nós que carregamos a sociedade e conduzimos sua mudança. O que as crianças e adolescentes trarão ainda está por vir, e é por isso que os talentos que eles têm a oferecer vêm do futuro: eles seguem uma temporalidade inversa à da vida e desafiam o que ela determina desde o passado mais remoto.

As crises e as doenças são, em todas as idades, a expressão de um encontro entre o contexto que nos carrega e aquilo que surge em cada um de nós a partir desse movimento.

A forma como concebemos o encontro com uma criança, um adolescente, um jovem adulto, seja pedagógico ou psicológico, ganha clareza quando consideramos, além da personalidade que se desenvolve, esses talentos que se aproximam. E entendemos, então, que o que nos aparece de forma sintomática é a manifestação de estratégias para compensar a falta de um talento.

Então, qual é o talento que as crianças pequenas estão exercendo na faixa etária pré-escolar? O que elas manifestam quando são impedidas nesse caminho? Como podemos nos tornar um recurso para elas no desenvolvimento saudável de determinados talentos? Qual é o talento que as crianças do Ensino Fundamental estão exercendo? Qual é o talento que se exerce na adolescência ou um pouco mais tarde, nos processos de aprendizagem?

Descobriremos que os talentos próprios de cada uma dessas fases da vida são aqueles que exercemos ao longo de toda a nossa existência e que as estratégias compensatórias que desenvolvemos durante a infância, ao nos limitarmos na vida adulta, nos oferecem a oportunidade de exercer nossa liberdade.

Duração e carga horária

De 05 a 09 de julho
Carga horária total: 32,5h
Horários: 08h30 às 17h

Programa do curso

Primeira aula 

Oficina de improvisação
Apresentação

  • A pessoa e o ser, os dois fluxos do tempo, a noção de presente. Fundamentos filosóficos e antropológicos.
  • O que vem do passado e o que vem do futuro. A liberdade segundo a pessoa e segundo o ser. O que Hanna Arendt nos ensina em A crise da educação.
  • A educação vista a partir do que vem do passado e do que vem do futuro.
  • Troca e discussão.

O círculo funcional psíquico e os talentos do ser – Parte 1

  •  As quatro funções psíquicas e sua implementação durante a infância.
  • Troca e discussão.

Oficina de improvisação
O círculo funcional psíquico e os talentos do ser – Parte 2

  • Na ausência de pedagogia: o círculo funcional psíquico deixado a si mesmo. As quatro derivações possíveis, visíveis na esfera social.
  •  Tornar-se disponível para acolher o ser da criança. A educação do educador. A questão da presença. A noção de intimidade. Educar para a liberdade. O que é a presença? Primeira atividade prática.
  • Troca e discussão.
  • Dois exercícios de presença (inspirados em Santo Agostinho e Montaigne).
  • A questão da autoridade na educação e as três formas de autoridade ilusória.
  • Os cinco rostos do tempo (ensinamentos da Grécia Antiga). Cronos e as 4 temporalidades do ser.
  •  Troca e discussão.

Segunda aula

 Oficina de improvisação
A estabilidade interior – fundamento do acompanhamento educativo

  • A primeira infância, aspectos gerais.
  • A sensorialidade e sua ação sobre a esfera afetiva. A condição interior da liberdade.
  • A estabilidade interior como fundamento do acompanhamento educativo.
  • A questão da compaixão.
  • Exercício prático de estabilidade interior.
  •  Troca e discussão.

A instabilidade e suas manifestações, e as estratégias psíquicas na criança e no adulto

  • As estratégias que a criança usa para evitar a instabilidade.
  • O Kaíros.
  •  Troca e discussão.

Oficina de improvisação
Preparar a criança para o exercício da sua liberdade

  • O ponto crucial: as transições (necessidade de que venham de fora).
  • O que acontece se a criança for deixada a si mesma? Recursos.
  •  As estratégias do psique.
  • Cuidar da criança ou cuidar dela? A questão do tempo disponível, da ordem e do silêncio.
  • Disposições interiores do educador. Como exercê-las?
  • A questão da beleza e da coerência do mundo.
  • O encantamento versus a compreensão. O previsto e o imprevisto. A importância da confiança e do encantamento.
  • Troca e discussão.

O jogo livre

  • Compreender seu papel no desenvolvimento da criança. 
  • A educação através dos atos. O jogo e o confronto. Os jogos e suas virtudes.
  •   Troca e discussão.

Terceira aula

 Oficina de improvisação
A profundidade interior – fundamento do acompanhamento educativo

  • A criança da escola primária, aspectos gerais. A vida representativa e sua ação sobre a sensorialidade.
  •  Sensorialidade e percepção (Merleau-Ponty). A condição interior da liberdade.
  • Exercício prático de profundidade interior. Cultura geral e especialização.
  • Troca e discussão.

A ausência de profundidade e suas manifestações – na criança e no adulto

  • As estratégias que a criança usa para evitar o caos perceptivo.
  • O Skholé
  • Troca e discussão.

Oficina de improvisação
Preparar a criança para o exercício da sua liberdade

  • O ponto crucial: a visão do mundo (necessidade de que venha de fora. A noção de autoridade).
  • O que acontece se a criança for deixada a si mesma? Recursos.
  •  As estratégias do psique. Parâmetros traçados entre as realidades pedagógicas e psicológicas no adulto.
  • O espanto e a movimentação interior. A alegria de aprender. Como transmiti-la.
  • A autonomia é adquirida muito precocemente.
  • Troca e discussão.

Colocar-se diante dos fenômenos do mundo

  • O lugar do sentimento.
  • Troca e discussão.

Quarta aula

Oficina de improvisação
A perseverança como fundamento do acompanhamento educativo

  • O adolescente, aspectos gerais. O desejo e sua ação sobre a capacidade de julgamento. Identidade. A condição interior da liberdade.
  •  A perseverança como fundamento do acompanhamento educativo.
  • Exercícios práticos.
  • Troca e discussão.

Os distúrbios identitários e suas manifestações – no jovem e no adulto

  • As estratégias que o jovem usa para evitar problemas de autoestima.
  •  O Tribé
  • Troca e discussão.

Oficina de improvisação
Preparar a criança para o exercício da sua liberdade

  • O ponto crucial: a questão dos fatos do mundo. Os fatos na educação (necessidade de que se imponham de fora).
  • O que acontece se o jovem for deixado a si mesmo? Recursos.
  •  As estratégias do psique. Parâmetros traçados entre as realidades pedagógicas e psicológicas no adulto.
  • A questão do grupo e o lugar dos sentimentos na educação do jovem.
  • Troca e discussão.

O exercício e a progressão

  •  A mudança de quadro, as viagens, as novas experiências.
  • Como a adolescência se prepara através da educação infantil. A estabilidade e o espanto e a disponibilidade para se exercitar.
  • Como a escola prepara a adolescência através do ensino fundamental.
  • Troca e discussão.

Quinta aula

Oficina de improvisação
Prática educativa

  • Compreensão fenomenológica e prática dos temperamentos.
  • Troca e discussão.
  • Estudo de um exemplo concreto, tirado do contexto profissional. Se desejarem, os participantes podem propor uma situação.

Prática educativa

  • Estudo de um exemplo concreto, tirado do contexto profissional. Se desejarem, os participantes podem propor uma situação.
  • Troca e discussão.

Oficina de improvisação
Prática educativa

  • Estudo de um exemplo concreto, tirado do contexto profissional. Se desejarem, os participantes podem propor uma situação.
  • Troca e discussão.

Encerramento

Docentes

Guillaume Lemonde

Guillaume Lemonde

Médico com orientação antroposófica pelo Instituto Ita Wegman (Suíça), Dr. Guillaume Lemonde é professor e supervisor em instituições de educação especializada, com atuação em vários países, e autor de diversas publicações.  Criador da Abordagem Saluto, um caminho para a presença nos encontros com os outros, com o mundo, com a vida e consigo mesmo, e que possui múltiplos campos de aplicação como a pedagogia, o apoio biográfico, a prática artística, a medicina, a gestão de recursos humanos, entre outros.

R$1.500 à vista no boleto bancário ou cartão de crédito. (parcelamento em até 3x sem juros)

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